
Debruçada sobre a janela com os cabelos encaracolados,
Sabrina de beleza infinita e potencial angélico,
Sorrir para os jovens que andam pelas ruas desesperados,
Na roda da vida num desejo famélico.
Da janela joga o seu charme afim de conseguir enamorar,
Nos lábios o batom sui generis em estilo francês,
Acompanha a mordidela sutil a sensualizar,
Em busca de seduzir como vendedora um freguês.
A oferta do seu charme é em abundância,
Não tem um homem que não a veja com outros olhos,
Mas alguns olhares lhe causam repugnância
E a bela dama mas parece ter escolhos.
O tempo passa e Sabrina não se interessa por ninguém,
Pois é exigente em seus diversos sabores,
De repente vê chegando na cidade o trem,
Fecha a janela e vai atrás de outros amores.
Autor Bessa de Carvalho
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