
Ao lado do caixão a multidão entristecida,
A mãe desesperada pela perda do seu filho,
Dilacerado pela serra ensandecida
De um lancinante e desalmado bandido.
Choravam também as carpideiras
Por aquele corpo ali jazido
E despido das honras do mundo das pedras
Para um mundo por ele desconhecido.
A família entristecida se afasta
Do bairro das almas repousadas,
A caixa mortuária estacionada
É simples morada abandonada.
Ao lado do madeiro vejo o rapaz
Em pé a observar o seu novo lar,
Convido-o para comigo rumo a paz
Juntos mais uma alma resgatar.
Autor Bessa de Carvalho
Direitos autorais reservado à Bessa de Carvalho